A Batalha de Vilhena, evento que movimentou o cenário hip-hop no último fim de semana, reuniu MCs de diversas cidades de Rondônia e até de outros estados. A organização foi conduzida por Rubens Gonçalves de Castro (Rubão), Tabatta Iori e Thais Nayara Antunes dos Santos, que avaliaram o encontro como um marco para a cultura urbana na região.
Em entrevista, Rubens destacou o sucesso da realização. “A avaliação pra mim foi nota 10. Teve alguns empecilhos, mas resolvemos e ocorreu tudo certo. Foi o esperado, superou a expectativa”, afirmou o produtor.
Thais, que atuou como mestre de cerimônia, ressaltou a diversidade de participantes. “A gente teve MCs de quase todas as cidades do estado. Vieram artistas de Ariquemes, Cacoal, Jaru, Vilhena e também de Colorado. Essa diversidade é muito importante, porque nosso movimento é marginalizado e precisamos nos apoiar. Essas conexões fortalecem o hip-hop”, explicou.
Uma das novidades desta edição foi o apoio financeiro recebido do poder público, fato inédito para a batalha. Tabatta destacou como isso fez diferença na organização. “A diferença é que conseguimos fazer a economia circular, contratar dignamente e trazer artistas de renome, como o MC Grafiteh, de São Paulo. Ele trouxe uma experiência nacional para dialogar com os MCs que estão em formação aqui. Isso amplia o intercâmbio cultural e torna o evento mais profissional”, afirmou.
Sobre a possibilidade de viver da arte, os organizadores acreditam que é viável. “Hoje em dia é super possível. Nossa equipe já está se estruturando para focar apenas na batalha. Se vivêssemos da rima, conseguiríamos realizar eventos semanais. A limitação ainda é o tempo, porque todos têm outros trabalhos para se manter”, disse Tabatta.
O grupo já planeja a próxima edição. “A Batalha de Vilhena está pensando em uma edição especial em outubro. Vai ser uma surpresa para o público”, adiantou Thais.
Ao encerrar, os produtores deixaram uma mensagem de incentivo para quem deseja seguir na cultura hip-hop. “Estamos muito felizes de realizar esse sonho, que planejamos há mais de um ano. Mesmo com os desafios, conseguimos entregar. A mensagem é: não desistam. Estudem, se profissionalizem, façam um bom material e um portfólio de qualidade. Assim vamos nos inserir cada vez mais no mercado e viver de arte, que é o nosso sonho”, reforçou Tabatta.