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    Falar em “intervenção na Petrobras” é desinformação, diz Prates

    Presidente da estatal também desta que companhia "é uma corporação de capital misto controlada pelo Estado Brasileiro, e que este controle é exercido legitimamente pela maioria do seu Conselho de Administração"

    Jean Paul Prates, CEO da Petrobras
    2/03/2023REUTERS/Pilar Olivares

    Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, afirmou nesta quarta-feira (13) que as falas sobre intervenção política na estatal são “especulação e desinformação” e visam “criar dissidências”.

    Em teto publicado na sua conta na rede X, Prates também destacou que a Petrobras “é uma corporação de capital misto controlada pelo Estado Brasileiro, e que este controle é exercido legitimamente pela maioria do seu Conselho de Administração”.

    “Isso não pode ser apontado como intervenção! É o exercício soberano dos representantes do controle da empresa”, continuou.

    A fala do presidente ocorre em meio indicações de analistas de que a companhia sofre ingerência política do governo federal. A crise foi deflagrada na quinta-feira (7), após a Petrobras anunciar que não pagará dividendos extraordinários neste ano.

    Segundo nota enviada ao mercado, a estatal afirmou que o conselho de administração autorizou o encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária (AGO) para o pagamento R$ 14,2 bilhões referentes ao quarto trimestre. Se aprovado, a companhia pagará R$ 72,4 bilhões em dividendos no exercício de 2023.

    A decisão repercutiu mal entre os investidores, refletindo na forte queda das ações. Entre sexta e o fechamento desta quarta, os papéis acumulam retração de quase 10%.

    Segundo a companhia, os dividendos serão reservados para garantir pagamento aos acionistas em anos de maior investimento. A direção da estatal negou que o valor seria usado para investimentos ou o pagamento de dívidas.

    A decisão foi novamente citada por Prates, que afirmou que “o mercado ficou nervoso esperando dividendos sobre cuja decisão foi meramente de adiamento e reserva”.

    No texto publicado nesta quarta, Prates também rebateu as críticas afirmando que é legítimo que o conselho de administração “se posicione orientado pelo Presidente da República e pelos seus auxiliares diretos que são os ministros” e que essa diretriz foi aplicada na decisão sobre o não pagamento dos dividendos extraordinários.

    “Somente quem não compreende (ou propositalmente não quer compreender) a natureza, os objetivos e o funcionamento de uma companhia aberta de capital misto com controle estatal pode pretender ver nisso uma intervenção indevida”, pontuou.

    “Vamos voltar à razão e trabalhar para executar, eficaz e eficientemente, o Plano de Investimentos de meio trilhão de reais que temos pelos próximos cinco anos à frente, gerar empregos, renda, pesquisa, impostos e também lucro e dividendos compatíveis com os nossos resultados e ambições”.

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